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Por que devo preocupar-me com ‘burnout’?

Por: Guilherme Menezes

Olá, amigos, gostaria de compartilhar com vocês algo muito importante. Não é nenhum tutorial ou plugin para qualquer coisa, mas é algo que precisa ser falado. Antes de tudo, deixa eu apresentar-me: sou o Guilherme, trabalho com ‘design’ há 10 anos e já vivi muitos projetos e espero viver mais tantos, mas à algo que me incomoda muito e que preciso compartilhar com você. Na minha carreira sempre fui hard work, trabalhei de domingo a domingo. Sempre fui muito empolgado com cada projeto e satisfeito com cada resultado, mas tudo mudou. Em 2018 a minha criatividade desapareceu. Como um designer pode viver sem criatividade? E uma tempestade de novos pensamentos estranhos estavam na minha mente. Eu sentia que a minha cabeça queimava.

Por que devo preocupar-me com ‘burnout’?

Por que a minha cabeça estava queimando?

Essa pergunta foi a mais dolorosa, a mais difícil de responder. Talvez posso dizer que foi a que custou mais caro, não só financeiramente, mas profissional, pessoalmente e biologicamente. Quando a mente queima, os nossos neurónios morrem e não há volta. O sentimento de fracasso e falta de esperança destroem-lhe dia após dia. É como abrir uma tela em branco no início do dia e chegar ao final do mesmo e ela ainda permanecer em branco. Para mim isso foi o famoso Apocalipse, tão temido, tão cruel. O que fazer? Eu questionava-me isso todos os dias e a resposta ainda era uma tela em branco. Foi aí que eu pedi ajuda e fui diagnosticado com burnout.

O que é burnout?

É uma síndrome que não escolhe a vítima. Pode-se dizer que é um inimigo invisível atacando como um serial killer. Ela não escolhe cor, status social, profissão nem nada, ela ataca quando ultrapassamos os nossos limites. Ultrapassei os meus limites e não quero que você ultrapasse os seus. A síndrome de Burnout ou também conhecida como síndrome do esgotamento profissional é um distúrbio emocional. Este distúrbio é resultado de trabalho desgastante, que demandam muito mais do que a nossa capacidade. Sabe aquele projeto que é para ontem? Então, ele precisa mesmo ser para ontem? Muitos profissionais sofrem disso, sendo médicos, enfermeiros, jornalistas e também designers entre tantos outros. Qualquer pessoa pode ter. Tenho e espero que você não tenha. Essa síndrome pode criar uma depressão profunda e levar a casos extremos e até inimagináveis. Tive esta dor e acredite, não há colo que a acalente.

Quais são os sintomas?

Para mim tudo começou em 2014. Final de faculdade, trabalho de conclusão de curso. Eu com a brilhante ideia de abrir uma agência de design e ainda eu era o presidente do diretório central dos estudantes. Ou seja, muito trabalho sem nenhuma necessidade. A minha rotina era muito intensa, tinha início às 7h da manhã, mas sempre terminava na madrugada do próximo dia, ou seja, eu dormia pouco, umas 4 a 5 horas por dia e aí está o primeiro sintoma o meu sono estava desregulado. Com 22 anos não sentia diferença nenhuma entre dormir 4 horas ou 8 horas. Para mim, mais tempo acordado, mais coisas eu poderia fazer. Essa era a lógica Agora imagina o resultado disso depois de alguns anos? Outro sintoma que tive foi alteração no apetite, sim, num ano engordei 20 kg e ultrapassei a casa dos 3 dígitos na balança. Tudo normal, eu pensava: “adiciona uma atividade física, uma dieta nova e os 20 kg vão embora”. Continuava a trabalhar de manhã, à tarde, à noite e às vezes de madrugada. Chegou um certo período que as 4 horas de sono se tornaram 3, depois 2, às vezes eu nem dormia e aí a insónia ganhou força. Eu deitava na cama, fazia o ritual todinho para dormir, mas minha mente não parava. A atividade cerebral era tanta que eu via a tela do photoshop aberta numa projeção mental e eu interagia com ela. Quando eu não dormia uma noite, no outro dia estava tudo bem, mas quando era duas noites seguidas tinha dores de cabeça muito fortes e muita dificuldade em concentrar-me em qualquer coisa. Adivinha qual era o pensamento para responder estes sintomas? “Só preciso dormir e tudo passa”, mas novamente estava deitado na minha cama e não conseguia dormir. Aí começou o sentimento de derrota, de fracasso e insegurança, pois os meus projetos começaram a atrasar. Fiquei negativo, muito cansado. Não tinha força para ir buscar um copo de café. Comecei alterar o meu humor e a isolar-me. Tudo no começo eram sintomas leves, fáceis de serem contornados, mas chegou uma hora que não tinha mais como vencê-los. Estes foram alguns dos meus sintomas, existem outros que deixarei no seguinte link (todos os sintomas segundo o ministério da saúde).

Como eu disse, ignorei os primeiros sinais do burnout , pois, achava que não era nada. É como uma pequena bola de neve descendo uma linda montanha que aos poucos cresce, sem você perceber e quando chega a base da montanha já se transformou numa avalanche. Se você, ou um amigo seu, seja qualquer um tiver qualquer um dos sintomas que comentei, procure ajuda e não espere a avalanche chegar. Quanto mais cedo for diagnosticado, mais fácil será a cura. Se você chegou até aqui e não tem nenhum sintoma, nada mesmo, confira a sua rotina mesmo assim. Confira o seu trabalho e previna-se. Isso vai trazer muito mais qualidade de vida para você.

Diagnostico e tratamento

Este post não vai dizer que você tem ou não burnout, ou em que nível ele está. Somente um profissional da área da saúde como psiquiatras, psicanalistas e psicólogos podem de fato fazer o diagnóstico. Se você tem dúvidas, procure ajuda, mas procure ajuda especializada e que realmente entenda de burnout. Lembro ainda hoje do dia em que recebi o meu diagnóstico, para mim, foi o pior dia. Eu já estava consolidado no mercado e a minha psicológica foi clara: “você tem até domingo para pedir demissão e entrar de férias forçadas por tempo indeterminado”. Cada caso é um caso, alguns ainda conseguem trabalhar e precisam de semanas de pausa e está tudo bem, já no meu caso a multa foi maior. O meu corpo e a minha mente cobraram-me quase um ano e meio de férias forçadas, sem poder trabalhar, sem poder se designer. Foi doloroso, confesso, mas era isso ou nunca mais poderia trabalhar no que mais amava. Como digo, cada caso é um caso, cada paciente tem uma resposta diferente e precisa de um tratamento diferente. O meu foi parar de trabalhar, parar o meu mestrado, parar tudo e mudar completamente a minha vida. Tive que mudar hábitos, tomar medicações, fazer inúmeras terapias, meditações e muito mais. O burnout quase destruiu-me, quase matou-me. Fui salvo nos últimos minutos, poderia ter morrido com isso. Tudo aconteceu, pois, eu era alguém que tinha um sonho como qualquer um, mas passei dos limites do meu corpo e ainda o ignorei todas as vezes em que ele chamou a minha atenção. Este post é um alerta de quem já sentiu a dor de ter a mente queimando. Quero compartilhar com você este alerta. Cuide-se. Se você já tem algum sintoma, peça ajuda! Se não os tem: monitore, veja a sua rotina. Compartilhe isso com o seu team leader, amigos e qualquer um. Não vamos deixar o burnout matar a nossa criatividade, não vamos deixar o burnout matar ninguém.


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